A segunda sessão do terceiro dia dos Campeonatos Europeus de Pista Coberta, em Apeldoorn (Países Baixos), contou com três portugueses em finais. Tiago Luís Pereira foi quinto no triplo salto, João Coelho terminou em sexto nos 400 metros e Carlos Nascimento ficou na sétima posição nos 60 metros.
Na final do triplo salto, Tiago Luís Pereira alcançou a marca de 16,45 metros, ficando na quinta posição. A competição foi dominada pelo italiano Andy Diaz Hernandez, que, no quinto ensaio, saltou 17,71 metros para conquistar o ouro.

Apesar do esforço, Tiago Luís Pereira não conseguiu encontrar o seu melhor desempenho, com o seu salto mais eficaz a surgir apenas no quarto ensaio. “Estas provas são para lutar por medalhas, pelos primeiros lugares, mas hoje não consegui. Nada encaixava, cometi muitos erros técnicos e fiquei em quinto”, afirmou. “Tentei correr mais rápido, evitar nulos, aproveitar cada tentativa, mas não saiu como esperava. Não há qualquer desculpa. No único salto em que fiz tudo bem, acabei a dar uma mortal…”, concluiu. Ainda assim, soltou um desabafo bem-humorado: “Felizmente não foi um quarto lugar”, posição que admite detestar.
Nos 400 metros, João Coelho terminou em sexto, com 46,46 segundos. Partindo na pista um, considerada a mais desvantajosa, viu-se ainda envolvido em dois contactos com um adversário neerlandês quando tentava ganhar terreno para baixar dos 46 segundos.

“Cair na pista um já complica as coisas, mas estes contactos tornaram tudo ainda mais difícil”, lamentou. “Senti que estava bem lançado e com margem para uma boa marca, mas estes incidentes condicionaram-me. É uma pena, mas faz parte da competição.”
Sobre a sua posição na pista, comentou: “Tive a quarta melhor marca das meias-finais, mas acabaram por me colocar na pista um. Sinto-me um pouco desiludido, mas são as regras e temos de competir assim. Não saio totalmente triste, porque cheguei à final, mas podia ter sido melhor. Agora é tempo de preparar o verão”, finalizou.
Nos 60 metros, Carlos Nascimento terminou em sétimo, com 6,62 segundos. “Fiz o mesmo que nas provas anteriores, acho que não podia ter feito melhor. Já não tenho 20 anos e custa-me fazer tantas provas no mesmo dia, mas estou muito orgulhoso. Não há outras palavras. Conquistei mais uma final europeia, aos 30 anos, com 14 ou 15 anos de atletismo. Fiz duas vezes recorde pessoal e até esta marca iguala o meu melhor tempo. Não desci dos 6,60, mas pode ser que aconteça no Mundial”, concluiu.
Antes, nas meias-finais, apurou-se com um segundo lugar na sua série, repetindo o tempo de 6,61 segundos (igualando o recorde pessoal). A caminho do descanso para a final, Nascimento explicou: “O objetivo era chegar à final. O meu recorde não caiu outra vez porque, ao contrário da eliminatória, parti pior e recuperei no fim. Se conseguir juntar as duas fases, pode sair uma grande marca.”

O que vem a seguir?
Amanhã, haverá mais portugueses em ação. Às 10h05 (9h05 em Lisboa) decorre a qualificação do lançamento do peso masculino, com Tsanko Arnaudov. Para avançar à final, é necessário ultrapassar os 21 metros ou ficar entre os oito primeiros. A final está marcada para as 16h28 (15h28 em Lisboa).
Pouco depois, Lorene Bazolo entra em cena nos 60 metros. A sua eliminatória será às 12h08 (11h08 em Lisboa), com apuramento para as meias-finais garantido às quatro primeiras de cada série e aos quatro melhores tempos seguintes. As meias-finais acontecem às 16h15 (15h15 em Lisboa) e a final está marcada para as 18h37 (17h37 em Lisboa).
Nos 3000 metros, Miguel Moreira competirá na final masculina às 16h50 (15h50 em Lisboa), enquanto Salomé Afonso disputa a final feminina às 17h36 (16h36 em Lisboa).
Por fim, às 17h52 (16h52 em Lisboa), Jessica Inchude e Auriol Dongmo estarão na final do lançamento do peso, fechando a jornada com mais uma possibilidade de medalha para Portugal.