Duas trajetórias de peso convergiram de forma dramática nesta semana: Flamengo e Palmeiras garantiram vaga na final da Copa Libertadores de 2025. O Flamengo administrou uma vantagem mínima para eliminar o Racing, enquanto o Palmeiras assinou uma virada histórica em casa para despachar a LDU Quito. O título será decidido em 29 de novembro, no Estádio Monumental, em Lima.
Como as semifinais foram vencidas
O Flamengo controlou o segundo jogo em Avellaneda com paciência e organização, confirmando o 1–0 no agregado sobre o Racing. O momento decisivo do confronto veio no Rio, na semana anterior, quando Jorge Carrascal marcou no fim e deu aos rubro‑negros uma margem curta. Na volta, a estrutura defensiva e a gestão de jogo seguraram a pressão: a linha de zaga e o meio‑campo de contenção limitaram chances claras, enquanto o time soube acelerar nas transições e aproveitar bolas paradas.

O Palmeiras precisava de algo especial após perder por 3–0 em Quito no jogo de ida — e entregou exatamente isso. Empurrado por um Allianz Parque lotado, o time de Abel Ferreira atropelou a LDU por 4–0 e virou o placar para 4–3 no agregado. Os alviverdes atacaram com amplitude, adiantaram a pressão em relação ao jogo fora e encontraram melhor equilíbrio entre risco e controle. A intensidade no meio, a circulação mais rápida da bola e os ataques em profundidade desmontaram o adversário; atrás, a defesa reduziu ao mínimo os contra‑ataques e as bolas paradas que haviam machucado na altitude.
Momento e questões de escalação
A sequência recente do Flamengo tem sido marcada por uma base defensiva sólida e contribuições pontuais dos criadores. A fase de Carrascal deu mais verticalidade entrelinhas ao ataque, e os pontas ofereceram saídas para aliviar pressão e esticar o bloco rival. O elenco se sente confortável em cenários apertados — exatamente o tipo de jogo que decide mata‑matas continentais.
O Palmeiras chega embalado e com a confiança que nasce de uma remontada histórica. Abel Ferreira rodou o elenco com critério no meio dos compromissos domésticos, mas o núcleo — zagueiros, meio‑campistas de controle e extremos diretos — chegou inteiro à segunda partida. O retorno ao nível do mar e a postura mais agressiva em casa foram fatores claros; também pesou a disciplina nas recomposições logo após a perda da bola.

Data, local e o que esperar da final
A decisão está marcada para 29 de novembro, no Estádio Monumental, em Lima. O Flamengo tende a buscar longos períodos de controle territorial e pressão medida, apostando na experiência em finais equilibradas e na força nos duelos nas duas áreas. O Palmeiras deve confiar nas transições, nas jogadas ensaiadas e na fisicalidade do setor ofensivo para inclinar os momentos-chave. Disciplina será essencial: ambos carregam ameaça nas bolas paradas e já mostraram que sabem administrar vantagem sem se expor.
Prognóstico inicial
Com dois elencos nivelados, pequenos detalhes devem decidir — controle de ritmo, a primeira grande defesa, o primeiro erro. Em tese, uma final tensa e de poucas chances claras é mais provável do que uma troca de golpes. Se o Palmeiras reproduzir a intensidade do segundo jogo e encontrar um gol cedo, o duelo abre para o seu contra‑ataque. Se o Flamengo ditar o ritmo e proteger os corredores centrais, a rodagem em decisões pode pesar no fim. De um jeito ou de outro, a tendência é de uma partida de alto nível decidida por momentos, não por volume de oportunidades.
 
			         
														 
								