Algumas equipes que avançaram para a segunda fase da Copa do Brasil nunca haviam chegado tão longe na competição. Outras já conquistaram vagas em fases ainda mais disputadas. Com orçamentos modestos em comum, nove clubes de diferentes estados do Brasil surpreenderam ao vencer times tradicionais e entrar para a história do torneio. Como recompensa, garantiram premiações milionárias, valores que superam até mesmo meses inteiros de suas folhas salariais.
A Copa do Brasil, disputada no formato mata-mata, costuma ser palco de grandes zebras a cada temporada. Em 2025, nove equipes surpreenderam: Maracanã, Guarany de Bagé, Ceilândia, Capital-DF, Porto Velho, Maringá, Concórdia, Rio Branco VN e Operário VG superaram adversários de maior expressão para seguir na competição.
Os times eliminaram clubes como Coritiba, Cuiabá, Juventude, Ponte Preta e Sport. Muitos deles disputam a Série C, a Série D ou sequer possuem divisão nacional. Mesmo assim, garantiram classificações improváveis e premiações milionárias.
Confira os valores acumulados, os orçamentos e as folhas salariais das zebras que brilharam na Copa do Brasil.
Maracanã (Derrotou o Ferroviário)
O time cearense tem uma folha salarial de aproximadamente R$ 230 mil e recebeu R$ 1,83 milhão de premiação. O valor será destinado a diversas áreas, incluindo premiação aos jogadores, construção de um centro de treinamento e melhorias estruturais. Cerca de R$ 200 mil serão destinados aos atletas, enquanto R$ 700 mil serão usados para o CT.
Guarany de Bagé (Derrotou o Altos-PI)
Com uma folha salarial de R$ 400 mil, o Guarany de Bagé faturou R$ 1,83 milhão em premiação. Os jogadores receberão 30% do valor líquido da premiação. O clube pretende investir principalmente na reforma do estádio, com foco na conclusão do vestiário de visitantes, além de melhorias no gramado e no vestiário principal.
Ceilândia (Derrotou o Coritiba)
O clube não revelou sua folha salarial nem o destino do prêmio. No entanto, garantiu R$ 1,83 milhão após eliminar o Coritiba.

Capital-DF (Derrotou a Portuguesa-RJ)
O prêmio será utilizado para cobrir despesas gerais do clube, com ênfase no pagamento da folha salarial e no fortalecimento das categorias de base. Os R$ 1,83 milhão conquistados representam cerca de 50% do orçamento anual previsto para a equipe do Distrito Federal.

Porto Velho (Derrotou o Cuiabá)
O time de Rondônia também faturou R$ 1,83 milhão. Do total, 40% (cerca de R$ 1 milhão) será destinado à premiação de jogadores e comissão técnica. Os 60% restantes serão investidos na construção do centro de treinamento do clube.

Maringá (Derrotou o Juventude)
O Maringá avançou à terceira fase ao eliminar Juventude e União-TO, acumulando R$ 4.145.250 em premiações. A maior parte do valor será destinada à aquisição de um terreno para a construção de um novo centro de treinamento, que integrará tanto os profissionais quanto as categorias de base.
Além disso, o clube investirá em tecnologia, incluindo inteligência artificial para análise de mercado e atletas, além da compra de equipamentos para avaliações físicas e biomecânicas. Parte do prêmio também será utilizada para aumentar a folha salarial, contratar reforços e capacitar profissionais do clube.

Concórdia (Derrotou a Ponte Preta)
Após derrotar a Ponte Preta, o Concórdia garantiu R$ 1,83 milhão, mas acabou eliminado pelo Botafogo-PB. A prioridade do clube é utilizar o valor para pagar dívidas, melhorar a infraestrutura e profissionalizar setores internos.
Uma parte do montante será aplicada na modernização de equipamentos e no fortalecimento das categorias de base, buscando melhores condições para o desenvolvimento de jovens talentos.

Rio Branco VN (Derrotou o Amazonas)
O clube capixaba recebeu R$ 1,83 milhão, que será investido em reformas estruturais no estádio Olímpio Perim, no pagamento de dívidas e na premiação dos jogadores. O orçamento da equipe para a temporada gira em torno de R$ 1 milhão, considerando as disputas do Campeonato Capixaba e da Copa do Brasil.

Operário VG (Derrotou o Sport)
O time mato-grossense conquistou R$ 1,83 milhão após eliminar o Sport, mas caiu diante do Novorizontino na segunda fase. O clube não revelou como pretende utilizar a premiação.
Os nove clubes garantiram cifras milionárias com suas campanhas históricas. A maioria deles pretende investir em estrutura, especialmente na construção de centros de treinamento, uma necessidade comum entre equipes de menor porte que avançam na Copa do Brasil.
